segunda-feira, 26 de setembro de 2016


TERÇA-FEIRA, 13 DE JANEIRO DE 2015

Privatizar água


Na opinião de Peter Brabeck, a água deveria ser tratada como qualquer outro bem alimentício e ter um valor de mercado estabelecido pela lei de oferta e procura

O atual presidente e ex-CEO da Nestlé, o maior produtor de alimentos do mundo, acredita que a resposta para as questões globais da água é a privatização. 

Esta é, aparentemente, a empresa a qual devemos confiar a gestão da nossa água, apesar de grandes empresas de bebidas como a Nestlé terem um histórico na criação de escassez:Peter Brabeck-Letmathe, um empresário austríaco que é presidente do grupo Nestle desde 2005, afirma que é necessário privatizar o fornecimento da água. Isso para que nós, como sociedade, tomemos consciência de sua importância e acabássemos com o subpreço que se produz na atualidade.

Pero Brabeker junta essa a outras críticas para destacar que o fato de muitas pessoas terem a percepção de que a água é gratuita faz com que em várias ocasiões não lhes deem valor e a desperdicem. Assim sustenta que os governos devem garantir que cada pessoa disponha de 5 litros de água diária para beber e outros 25 litros para sua higiene pessoal, mas que o resto do consumo teria que gerido segundo critérios empresariais. Continuar Lendo


Mais seis anos de seca

O Rio Grande do Norte terá, assim como a Paraíba, mais nove anos de estiagem, (já se passaram as secas de  2012, 2013, 2014 então ainda faltam seis anos de seca no Nordeste). A projeção é do professor Luiz Carlos Baldicero Molion, PHD em Meteorologia e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas. Ele afirma que os estudos sobre o comportamento das temperaturas nos oceanos, relacionados com os levantamentos dos dados das séries históricas de chuvas nos estados nordestinos, indicam que haverá um longo período seca na região. “Será preciso medidas emergenciais nos próximos anos. Mas é preciso ultrapassar o imediato. Não se pode mais perder tempo e adiar as ações que criem condições para ao desenvolvimento ao  aproveitar as características”, destaca.
Com dezenas de artigos publicados sobre clima e hidrologia, Luiz Carlos Baldicero Molion desenvolve diversas pesquisas sobre as causas e a previsibilidade das secas do Nordeste. Ele é pesquisador e um representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial.

O professor alerta que os estados do Nordeste precisam estar preparados para um longo período de poucas chuvas nos próximos anos. “Não gosto da palavra ‘seca’, porque a região já tem essa característica quase de forma permanente. Trata-se de mais um período com chuvas abaixo da média”, disse, à reportagem da TN.

Na última quarta-feira, ele esteve em João Pessoa para participar do lançamento da campanha “SOS Seca Paraíba”. A iniciativa foi da Assembleia Legislativa, durante solenidade no Hotel Tambaú. “Nos próximos nove anos, vamos ter chuvas abaixo do normal, em relação ao período entre 1977 e 1998”, diz o pesquisador. De acordo com Molion, a seca de 2012 foi uma das mais severas dos últimos 60 anos. “E as perspectivas não são melhores para os próximos anos”, avisa. Segundo ele, o epicentro da seca foi o Sertão, onde, nos meses de fevereiro, março e abril do ano passado, choveu entre 300 mm e 400 mm a menos do que no ano de 2011. 

Segundo ele, as secas constantes e severas no semiárido nordestino têm relações diretas com fenômenos que ocorrem no Oceano Pacífico. Ele lembra que em torno de 71% da superfície da terra é coberta pelos oceanos. Por isso, a temperatura das águas oceânicas influenciam o comportamento das chuas. “Quando as águas do Pacífico estão frias, as chuvas nos Estados nordestinos são reduzidas. Quando as águas esquentam no Pacífico, as chuvas aumentam por aqui”, explica.

O Oceano Pacífico controla os fenômenos El Niño e La Niña. Quando ocorre o El Niño, há seca no Norte e Nordeste e chuva no Sul, Centro Oeste e Sudeste. Quando ocorre o La Niña, chove no Norte e no Nordeste e faz seca no Sul, Sudeste e Centro Oeste.FONTE: BLOG DO PANCADA.

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